sábado, 31 de agosto de 2013

Qualquer Raiz de Comer Lembrança

Quando o menino nasceu outros seis meninos da mesma flor haviam partido.
Magra, Pálida. Ao redor da íris um azul de cego.
Restava a farinha com água o dedo de amamentar.
Comida seca, sofrida.
De engulho e engulho o menino brotou.
Se fez menino, ganhou, aos vinte, nome e sobrenome.
Aos noventa, magra e pálida, murchou em seca a flor.
No último olhar.
O menino encarando o vidro do corpo quente para terra.
A primeira água.                 Me espera, mãezinha.
Eu em seca terra, cavando mãe, derretendo suor de menino, me joguei no rio
e nunca mais voltei. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário